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  • Crítica com alma

    Crítica com alma

    Alfredo Bosi, sua obra e seu último aceno

     

    Eu junho a Piauí publicou este artigo em que falo de Alfredo Bosi, nossa amizade e a imensa admiração que eu tinha por ele e por Ecléa Bosi. O artigo pode ser lido gratuitamente no site da revista.… Read the rest

  • Caetano Veloso

    Onde estão as mãos pretas

    Saiu no blog da Peixe-elétrico ontem:

    Com o fôlego ainda meio suspenso pelo impacto que me causou Vazante, resolvi retomar um texto que escrevi há mais de dez anos, parcialmente em inglês, e que agora devolvo ao português, tentando atualizá-lo aqui e ali.… Read the rest

  • Oiticica reloaded

    Da janela do meu prédio, em Campinas, vejo no sinal vermelho o cidadão com seu magnífico impermeável amarelo, equilibrando o guarda-chuva e os malabares. Chove torrencialmente. Verdade tropical.

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  • Antonio Candido

    A literatura contra a morte: Antonio Candido (1918-2017)

    A última vez que vi Antonio Candido foi em sua casa, no ano passado, quando eu e Lilia Schwarcz lhe demos um exemplar da edição crítica de Raízes do Brasil, que ele recebeu com grande entusiasmo. Nós, um pouco embaraçados, porque a edição no fundo vai contra a famosa interpretação que ele fez do amigo Sérgio Buarque, considerando-o um democrata “radical” já lá na década de 1930.… Read the rest

  • Parte da paisagem

    Este é o texto que escrevi para a orelha do livro de poesia de Adriana Lisboa, Parte da paisagem:

    capa_parte_paisagem Recolhimento, concentração, precipitação. Ou, pelo contrário, exposição, soltura e dispersão. Nestes poemas, como num espasmo, a abertura inquieta desemboca muitas vezes no espanto de quem subitamente para, sabendo que as palavras serão os resíduos, apenas, do quase indizível.… Read the rest

  • Falo da PUC: dos padres e de Zé Celso

    Às vezes convém meter o bedelho onde não se foi chamado. Mas convém entrar pela lateral, de leve.
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  • A escrita se ouve: um grilo

    Tempos atrás, os textos eram batidos à máquina. Todo o processo de “edição” era então mais demorado, porque o que se escrevia jamais se distanciava completamente do lado concreto da vida: os tipos, e a tinta sobre o papel, faziam as vezes de aríetes que rasgavam coisas, antes de rasgar o espírito do leitor.

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  • Central Park

    Meus olhos

    Na rugosidade imensa da pedra

    Encontram o veio que os leva longe.

    Súbito um buraco os aflige: demoram a deixá-lo.

    Um recorte mais agudo, e a vertigem da falésia;

    Tornam assustados buscando a lisura que deve haver.

    Um novo sulco e a surpresa – minúcias de matéria, exoesqueleto, o ser abandonado,

    Um caramujo.… Read the rest

  • As folhas ao vento, a vida caduca e fugaz: um tópos desde Homero

    Michel Orcel, anotando os Canti de Leopardi, diz que a bela “Imitazione”, de 1828, é apenas a tradução de um medíocre poema de Arnault, “La Feuille”:
    Lungi dal propio ramo,
    Povera foglia frale,
    Dove vai tu? Dal faggio
    Là dov’io nacqui, mi divise il vento.
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  • Sino peregrino

    (Para a Andréa)
    Que som será?
    É um sino que bate e me desperta.
    Suas badaladas de apelo não ecoam,
    Escoam até mim, líquido brônzeo,
    Inequívoco em seu chamado.
    É um sino peregrino que bate.
    Sinto-o a forçar o espaço,
    Rasgando-o com alguma mensagem funda,
    Chamando.
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